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Os Banhos

Os Banhos Bacio
Painel da Exposição Os Banhos

Nos inícios do séc. XX, os médicos começam a receitar os banhos de água do mar como terapia para muitos males como a melancolia, lepra, reumatismo, tuberculose, gota e tantos outros. A praia torna-se moda e os Palheiros de Mira ganham um novo fôlego, surgindo as primeiras pensões e casas que alugavam quartos aos turistas que vinham de Coimbra, Viseu e de outras zonas no interior.  O público mudava com os meses. As elites e as famílias mais abastadas das cidades vinham em julho e agosto. Em setembro e outubro vinham as famílias dos agricultores, mas era normal os homens só virem depois de terminadas as colheitas. Numa altura em que o importante era a saúde e o ar do mar, os banhos frios estavam na moda, pois acreditava-se que davam rigidez e simbolizavam austeridade e disciplina. Exemplo disto era o tradicional Banho Santo na manhã do dia de S. João que levava muitos à praia para sentirem o poder curativo da água. Para combater o reumatismo, os médicos receitavam banhos quentes de imersão e em Mira, nos palheiros do Tio Zé Barrinha e do Luís Milheirão, várias mulheres e rapazes iam buscar água do mar, que aqueciam em grandes panelas para os afamados banhos quentes. Os tempos mudaram e os fatos de banho também. Na década  de 60, 70 e 80 do século XX, a Praia de Mira torna-se uma referência para muitas famílias que aqui faziam praia ano, após ano. Muitas delas continuam ainda a vir religiosamente todos os anos!

Fotografia de crianças junto de um Palheiro.
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