Skip to Content Colonizando as Areias
ColonizandoAreias-Esquerda
ColonizandoAreias-Direita

Colonizando as Areias

Apesar de termos notícia da presença humana nesta costa desde a Idade Média, a ocupação permanente da Praia de Mira, típica praia aberta e desabrigada, é um fenómeno historicamente recente. Um dos primeiros documentos é o relato do Vigário Tomé Nunes Pereira de Resende sobre os efeitos do terramoto de 1 de novembro de 1755 e consequente marmoto, na Praia de Mira.“Pelas onze horas da manhã pouco mais ou menos se viu peleijar a agoa do mar huma com outra e encontrando-se a que ia de fora com a que vinha de dentro se alteravão e enforeciao tanto que se levantava mais do que a terra e pondo-se como sossegado se lhe ouvia hum grande urro e sahindo-se pella terra fora passou o seu ordinário limite 270 passos e tornando-se a recolher ficava em seco mais de 350 passos alem da sua costumada deserta em cuja subida e descida havia de passar meia hora pouco mais, ou menos, o que repetiu varias vezes no discurso de hora e meya pouco mais ou menos, que varias pessoas, que estavão para pescar e estiveram observando todos estes movimentos.”

É no início do século XIX, que o povoamento destes extensos areais despovoados, sofre um novo incremento, com as gentes do Norte, de Ílhavo e outros lugares em redor. Aqui permanecem entre o fim da primavera e o início de outono a exercer as artes, aproveitando o mar mais calmo. Em poucas décadas surge uma povoação conhecida por “Costa do Mar” ou “de Mira”, ou ainda “Praia do Mar” ou “de Mira”, que mais tarde passa a ter a marca humana de “Palheiros de Mira”, ou “da Costa”. Com primeiros nascimentos registados em 1835, a nova povoação continuou a desenvolver-se, e nas décadas de 1860-70, era já terra de “pescadores e seareiros”, dedicados à faina da pesca e ao cultivo dos campos.
Imagem do Povo Colonizando as Areias
Imagem Histórica do povo Colonizando as Areias
Saltar para o conteúdo